A cantora Lady Gaga tem se mostrado uma voz ativa na discussão sobre saúde mental e física. Em entrevistas, a artista compartilha suas experiências com a fibromialgia, condição que lhe causa dores crônicas generalizadas, e estabelece uma ligação entre o diagnóstico e traumas passados.
Em uma conversa reveladora com Oprah Winfrey em 2020, Gaga destacou a Terapia Comportamental Dialética (DBT) como um instrumento crucial para manter a criatividade mesmo diante da dor.
Ela enfatizou que a combinação de medicação e terapia foi fundamental em seu processo de recuperação. A cantora descreveu a “aceitação radical”, um conceito da DBT, como essencial para lidar com suas dificuldades e seguir em frente.
A Terapia Comportamental Dialética (DBT) é definida como uma forma de terapia cognitiva focada na compreensão e modificação de pensamentos, emoções e comportamentos através do diálogo terapêutico.
Uma característica central da DBT é a busca pelo “caminho do meio” em situações de polarização de pensamento ou atitude. Essa abordagem terapêutica tem se mostrado eficaz no tratamento de transtornos emocionais intensos e em pacientes com histórico de automutilação e resposta a traumas.
Especialistas explicam que a DBT é uma evolução da Terapia Cognitivo Comportamental (TCC), integrando princípios do mindfulness e da aceitação radical. O tratamento geralmente envolve sessões individuais e grupos de treinamento de habilidades, onde os pacientes aprendem técnicas de foco no presente, regulação emocional, tolerância ao estresse e habilidades sociais em um ambiente de apoio mútuo.
O que é a fibromialgia?
A fibromialgia é uma condição crônica caracterizada por dor musculoesquelética generalizada, acompanhada de fadiga, problemas de sono, memória e humor. A dor é frequentemente descrita como uma sensação de queimação, rigidez ou sensibilidade em várias áreas do corpo, conhecidas como pontos de sensibilidade.
Embora a causa exata da fibromialgia ainda não seja totalmente compreendida, acredita-se que envolva uma complexa interação de fatores genéticos, neurológicos e psicológicos. No organismo, a fibromialgia parece amplificar a sensação de dor, afetando a forma como o cérebro e os nervos processam os sinais dolorosos. Estudos sugerem que pessoas com fibromialgia podem ter um limiar de dor mais baixo e uma sensibilidade aumentada a estímulos que normalmente não seriam dolorosos.
Além da dor crônica, a condição pode levar a uma série de outros sintomas debilitantes, como fadiga intensa, dificuldade de concentração, dores de cabeça, síndrome do intestino irritável e ansiedade ou depressão, impactando significativamente a qualidade de vida dos indivíduos afetados.
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